Suas ruas sujas, sua gente diferente, é no fundo como todo mundo é
São Paulo é apenas grande
Tem tudo e não tem nada
Nas calçadas, madrugadas
Tribos alucinadas a procura de um mundo pararelo
Entre o lixo e pichações de prédios
Resiste o encanto pertecente apenas a grandes monstros
É o encontro eterno entre o antigo e o morderno
Inspiração para poemas de amor e de dor
São Paulo é uma ferida e também uma flor
É como o fogo dos mendigos da praça
É como o velho de roupa de papel da vinte e cinco de março
É como o sem rosto sentado desolado na estação da luz
Quem passa não vê e quem vê finge não sentir a decadência de sua própria espécie
De todas suas belezas vistas, a fragilidade humana sempre é a mais chocante
E tudo isso se repete nesse mesmo instante
Lá na terra da garoa.
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