No livro das revelações
"A dança dos galhos.
O vento balança as árvores
numa música oculta que me faz compartilhar
do movimento
da exaustão de um suco de laranja.
Compasso intermitente
Reminiscências instigadas
[pela acrimônia transparente dos corpos
sem alma
Sugerem ao guardião dos ponteiros
Aproximar-me os nós
meus, teus, de todos nós
Que, de olhos fechados, seguimos na brincadeira
de tatear a corda
E não vemos o buraco negro, no qual,
embrenhamo-nos aos poucos
Breu que na sua imensidão e profundidade,
faz-me lembrar que sou só...
Vejo todos os elementos químicos fundirem-se na folha
Que acaba de soltar-se da arbórea mão
[e agora flutua na espiral
Vou pendurar minha rede no eixo das coordenadas
e esperar o tempo me esperar
É, ao menos ele sorri para mim
Cinicamente, mas sorri.
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Karine Alves Ribeiro
Poema publicado no espaço SEG do Jornal Metas do dia 11/06/2010
segunda-feira, 21 de junho de 2010
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